quarta-feira, 30 de março de 2011

Poema



Um sonho



Quero o sonho
em forma de desafio,
marcado, delicado
nas estórias
do teu corpo.
Quero em tua boca,
o beijo de fome,
selvagem,
sem vácuo.
Quero correr nu com você,
nas madrugadas quentes e com chuvas,
frias ou geladas.
Quero teus trejeitos,
quando menina-levada,
linda em teus sonhos,
mostra o caminho pra ti.
Gosto de teu nome (Edinéia).
Gosto de seu apelido (Néia).
Gosto quando explode
teu desejo,
que consome meu corpo,
fazendo de mim,
teu homem.
Gosto quando na cama,
és minha fêmea.
Gosto quando pedes,
com ar de submissão
pra te fazer viajar.
Tenho saudades de ti.
És menina levada,
murmurando delicias
raras ao meu ouvido.
Te quero sem cheiros,
sem gostos artificiais
sem roupa e sem medo.
Gosto dos teus cabelos,
incomodando gostoso,
quando deitamos
depois do amor.
Gosto quando soltava os cabelos.
Adorava quando prendia os cabelos.
Maravilhoso turbilhão,
que em dia de sol
e vontade extrema de viver,
me fascina,
me domina menina.
Sou um homem,
por vezes um menino,
um poeta errante,
uma confissão do amor.
Gosto de todas essas mulheres
que fazem prazer,
em teu corpo.
Algumas me fazem feliz,
com outras me perco.
Sou vivente dos prazeres,
mais mundanos,
concebidos nessa
imensa paixão.
Sigo descobrindo teus
mais íntimos desejos.
As trilhas ainda virgens,
que se iniciam por tuas coxas
e terminam radiante
nas gotas supremas
do teu gozo.
Ouço fortes sussurros,
leves gemidos.
Sou coração alado,
desvairado, vencido.
O poeta é real e vivo.
O homem um obstinado incansável.
Busca um amor que mereça,
deixa o destino premiar seus eleitos .
Autor desconhecido